O Grito - Edvard Munch |
Voltou..
Quando eu menos esperava,
quando até pensei que melhorava, voltou.
Quando pensei que a poeira tivesse baixado
e que minha ira tivesse se calado, voltou..
Tudo outra vez..
Volta e meia esse mesmo veneno me tenebria,
a raiva novamente me ludibria
e com isso se regozija
me fazendo cair sempre no mesmo lugar,
onde eu nunca mais queria estar.
Aí quero gritar.. gritar..,
mas quem vai vir me buscar?..
quem poderia acha que não pode
e por isso minha cabeça quase se explode
tentando entender
o grande pecado que eu fiz pra merecer..
pagar por tolices que não foram minhas
e ter que conviver com isso.. como se fosse meu
então novamente minha mente fica num breu...
e a culpada?... Ah! deve ter sido eu...
e agora eu devo ter maturidade,
quando questionada sobre a verdade,
que eu inclusive nem sei,
e culpada do que eu não errei.
Resolvi. Me calei.
A frieza das pessoas me comove. Profundamente.
e me deixa com a mão quente
escrevendo apelos e mais apelos,
sabendo que quem lê-los,
ou pode entender...
ou fingir não poder.
Taynara Andrade
Olá Taynara
ResponderExcluirCrises internas, externas, existenciais, sentimentos de culpa do qual não temos culpa...Sentir que o mundo é carregado por nós, e que os maus pensamentos nos esmagam, nos perseguem...
É assim a alma de quem vive intensamente, a inspiração do poeta, o delírio do apaixonado...
Munch! Sensacional. Gostei da associação do grito com o silêncio. Abraços!
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