sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Do meu exílio



Muitas letras, muitos neurônios,
muitos erros e medos platônicos;
canções pela metade,
textos por fazer
e desafios à capacidade
de quem, nas entrelinhas, sabe ler.
Tudo na mais perfeita ordem
e eu regente desse pequeno universo
que [ao menos por enquanto], deve ser só meu;
o mundo lá fora até já me esqueceu
e eu?.. isso não importa..
Sempre ponderando,
às vezes esperando
e me esquecendo que expectativas quebradas
podem doer mais que facadas;
porque foram elas, aquelas migalhas de atenção
que me deixaram dessa maneira,
pensando que não..
que "era besteira".
Então nunca sei o que todo mundo sabe
e agora esse lugar quase não me cabe,
porque me olhando desse espelho pareço ser outra pessoa
e quando minha voz ecoa,
não.. essa nunca foi a minha;
isso me dá um frio na espinha...
e sempre passa da meia noite
e eu, como sempre, falando sozinha..
aqui.. no meu exímio exílio paralelo.


Taynara Andrade

4 comentários:

  1. Às vezes um exílio é necessário. Mas, não, nunca, jamais, em excesso ou forçado.

    Abraços para ti,
    Caju.

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  2. Que mágico!
    Pondere, mas não deixe de viver intensamente.

    Um beijo imenso!

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  3. Um poema ecoa no canto da lágrima...pra secar o pranto, pra lavar a alma e encontrar um sorriso; igual pote de ouro no fim do arco íris.

    Singelo. Parabéns.

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  4. Minha querida, vim matar a saudade dos seus lindos versos... e de cara, esse me chamou a atenção:

    "expectativas quebradas
    podem doer mais que facadas;"

    Assim é...
    Lindo versos!

    Beijos e ótimo fim de semana! :)

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