domingo, 1 de maio de 2011

"Des(epístola)"

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Não dei muita importância, mas estava achando o máximo você ali do meu lado pela 1ª vez
e até fingi que esqueci todo aquele mal que você "não me fez".
Não falei nada que fosse tão marcante,
mas queria ter dito tudo ali, naquele instante;
nem te olhei direito,
mas sabia cada movimento feito.
Te dei aquele abraço meio frouxo,
mas queria ter te apertado tanto.. que nem sei;
e aquele outro abraço que eu neguei
não pense que foi fácil, só eu sei;
foi o que a vida me ensinou a fazer
para, aquelas lembranças, não me trazer..;
mas num sonho aceitei o abraço
o que me rendeu um grande embaraço
comigo mesma.
Te disse aquelas palavrinhas convencionais
que qualquer pessoa diria,
porém queria ter recitado algum verso meu que falasse sobre alegria,
mas eu simplesmente.. não podia
e até gostaria
que me entendesse por isso.
Conversei como uma adulta, com "palavreios" e mais filosofias,
mas queria mesmo é correr feito criança boba
querendo qualquer resquício de atenção..
Não te deixei se aproximar muito de mim,
mas foi o pavor, de qualquer decepção.. enfim..
e apesar da sanguínea proximidade,
há também alguma falta de intimidade
que me fez "des(epistolar)" aqui
aquela carta que fiz.. e que só eu li...


Taynara Andrade

Um comentário:

  1. Moça, moça! Cartas são para ser lidas! Muito belas as suas palavras e narrativa.

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